Abinee apoia defesa da CNI sobre investigação dos EUA contra o Brasil

A Abinee encaminhou carta ao Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês), em apoio à manifestação da CNI ao mesmo órgão, refutando os argumentos da investigação aberta em julho pelos EUA contra o Brasil sobre supostas “práticas desleais” comerciais do país, com base na chamada Seção 301 da lei comercial norte-americana. Na opinião da Abinee e CNI, o Brasil não adota práticas “injustificáveis, discriminatórias ou restritivas” ao comércio com os norte-americanos.

Em sua manifestação, a Abinee reforçou que o fluxo de comércio no setor eletroeletrônico entre os dois países é superavitário em favor dos norte-americanos. Nos primeiros seis meses de 2025, os negócios com os Estados Unidos registraram saldo negativo para o Brasil de US$ 1,3 bilhão, com exportações de US$ 1,1 bilhão e importações de US$ 2,4 bilhões.

A Associação também destacou a presença de indústrias de capital de origem norte-americana operando no Brasil. Além disso, lembrou que as regulamentações e práticas comerciais brasileiras estão em conformidade com as regras de comercio internacional.

Ao pedir a reconsideração sobre a investigação aberta pelo USTR, a entidade defendeu que o diálogo entre os dois países seja preservado, mantendo uma tradição diplomática de cerca de 200 anos, alicerçada no intercâmbio comercial e cultural, com resultados benéficos para o desenvolvimento econômico e social de ambas nações.

A Abinee reforça seu compromisso com a defesa do setor produtivo nacional e acredita que o caminho diplomático, será fundamental para garantir a confiabilidade e previsibilidade que sempre pautou essa relação bilateral entre Brasil e EUA.