Abinee marca presença no Fórum Nacional da Indústria com Mercadante

O presidente executivo da Abinee, Humberto Barbato, participou do Fórum Nacional da Indústria, realizado na sexta-feira (5) pela CNI antes do evento do Encontro Anual da Indústria, também no Clube Monte Líbano. O evento contou com a participação do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Na ocasião, ele afirmou que a indústria é prioridade para a economia do Brasil e lidera os investimentos do BNDES. A  maior parte dos investimentos da instituição financeira é destinada aos projetos da Nova Indústria Brasil (NIB). Na opinião dele, o cenário mostra a efetividade da nova estratégia do governo federal de buscar a reindustrialização do país.

Ele afirmou que a instituição tem atuado como um promotor ativo e formulador da política da NIB e destacou a liberação dos recursos para promover a inovação, a digitalização e a descarbonização da indústria através de taxas de juros subsidiadas.

Segundo o painel do Plano Mais Produção, entre 2023 e o terceiro trimestre de 2025, o BNDES liderou os desembolsos entre os agentes financeiros parceiros, com mais de R$ 252,5 bilhões concedidos a 164 mil projetos.

“A indústria do futuro é essencialmente inovadora, mas isso envolve riscos para o empresário. Por isso, o Estado precisa atuar em conjunto com o setor produtivo com o oferecimento de linhas de crédito com taxas atrativas, foco tecnológico, apoio à descarbonização e transição energética, bem como à bioenergia e à rota tecnológica automotiva”, destacou.

Além disso, o presidente do BNDES disse que o desenvolvimento industrial também passa pelo suporte a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) e o fortalecimento de setores estratégicos de exportação.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, reconheceu o trabalho proativo do BNDES no conjunto de projetos da política da NIB para reindustrializar o Brasil. No entanto, ele mencionou que o setor produtivo precisa de mais recursos e defendeu a queda da taxa básica de juros (Selic), mantida em 15% ao ano, que, segundo ele, sufoca a economia e isola o Brasil da competitividade internacional. “Nenhum país cresce de forma sustentável e progressiva sem uma indústria forte e, para isso, precisamos pensar no médio e longo prazo. A NIB foi um pontapé nesse sentido e os setores produtivos têm buscado esse movimento para se desenvolverem, mas ainda existem gargalos como a alta dos juros”, ressaltou Alban.

 

Fórum Nacional da Indústria

O Fórum Nacional da Indústria (FNI) é um órgão consultivo da CNI que se reúne periodicamente para alinhar, definir e indicar prioridades, além de orientar a ação de influência da indústria nacional. É formado por mais de 70 presidentes de associações setoriais nacionais da indústria, convidados pelo presidente da CNI, que também lidera o FNI.