Celulares importados de forma ilegal responderão por 12% dos aparelhos vendidos no Brasil em 2025 – Valor Econômico – 04/12/2025

As vendas de celulares importados de forma ilegal responderão por 12% dos aparelhos comercializados no Brasil em 2025. O índice recuou ante a participação de 19% em 2024, e de 23% em 2023, mas ainda é um desafio para o setor, informou a Associação da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), com dados da consultoria IDC.

As vendas de celulares ilegais somarão 4,5 milhões de unidades este ano, uma queda de 41,6% em volume ante 2024. Já no mercado legal, os fabricantes encerram 2025 com 31,9 milhões de unidades vendidas, uma queda de 1,9% ante o volume de 2024 (32,5 milhões).

A Abinee destacou que a queda do mercado ilegal resulta de uma ação coordenada da entidade com a Anatel, a Senacon, a Polícia Federal, a Receita Federal, o Legislativo e a Sefaz-SP, aumentando a fiscalização, especialmente em marketplaces, para a retirada de anúncios de aparelhos importados de forma ilegal, contrabandeados, para o país.

“De forma geral foi o bom o resultado, mas não estamos satisfeitos. O aceitável é que esse índice seja zero”, disse o diretor de dispositivos móveis de comunicação da Abinee, Luiz Claudio Carneiro, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (4).

Carneiro ressaltou que a judicialização de marketplaces é uma barreira para a queda do índice de aparelhos ilegais. “Quando o marketplace decide judicializar a questão, sinaliza que não quer cumprir as regras”, disse o diretor. “Estão investindo em escritórios de advocacia quando deveriam estar investindo em ferramentas de remoção dos anúncios ilegais”, comentou.

Atualmente, segundo a Abinee, as marcas que mais vendem aparelhos ilegalmente no país são as chinesas Xiaomi e Realme, com foco na importação pelo Paraguai.

Vendas de computadores em queda e tablets em alta

As vendas de computadores de mesa terão queda de 35% em 2025, em base anual, somando 1,95 milhão de unidades. O volume de notebooks deve somar 5,71 milhões de unidades, sem crescimento ante 2024.

Já as vendas de tablets terão alta de 3% este ano, somando 3,1 milhões de dispositivos vendidos este ano.