Revista 107 - Dezembro/2024

DEZEMBRO 2024 | REVISTA ABINEE 23 Exemplos de aplicações e adoção de Inteligência Artificial (IA) pelas empresas, discussões sobre regulamentação, segurança cibernética, inovação e formas de fomento foram os principais temas do evento “Inteligência Artificial – Visão da Indústria”, realizado em setembro pela Abinee, em São Paulo. Na ocasião, representantes do setor industrial, da academia e do governo apresentaram os principais aspectos da tecnologia, com ênfase nas ações em andamento, desafios e perspectivas. Abrindo o evento, o presidente do Conselho da Abinee, Claudio Lorenzetti, destacou o crescente interesse sobre o tema por parte das empresas. Já o presidente executivo da Abinee, Humberto Barbato, e o secretário de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Henrique Miguel, abordaram recentes iniciativas como a elaboração do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) e a sanção da Lei 14.968/24), que estende os incentivos da Lei de TICs e Padis, além de criar o Programa Brasil Semicon, classificando-as como fundamentais para o processo de transformação digital do país. “A indústria elétrica e eletrônica tem papel central na aplicação e desenvolvimento de soluções de IA e dispõe de todas as condições para contribuir para que o Brasil possa ser um player efetivo nesse jogo”, afirmou Barbato. Miguel salientou que o PBIA, anunciado em julho pelo governo, foi inspirado em práticas internacionais e discutido com o setor privado. Com um investimento previsto de R$ 23 bilhões até 2028, a iniciativa tem o objetivo de transformar o país em referência mundial em inovação e eficiência no uso da IA, especialmente no setor público. O PBIA prevê um conjunto de ações de impacto imediato, além de cinco eixos de ações estruturantes, tendo como um de seus focos o de transformar a vida dos brasileiros por meio de inovações sustentáveis e inclusivas baseadas em IA. O Plano aborda diretrizes para pesquisa e desenvolvimento e para a regulamentação de práticas que garantam a segurança e a privacidade dos cidadãos. Além das ações estruturantes, prevê ações de impacto imediato para resolver problemas específicos em áreas prioritárias para a população, como saúde, agricultura, meio ambiente, indústria, comércio e serviços, educação, desenvolvimento social e gestão do serviço público. A iniciativa ainda deverá ser implementada por meio de Decreto. “Não é um plano acabado, reúne ações em andamento pelo setor público e privado e pode receber novas contribuições”. O secretário destacou ainda as discussões sobre PL 2.338/23, de autoria do senador Rodrigo Pacheco, e que trata da regulamentação da Inteligência Artificial. CAPA

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