Informe Abinee
Recentemente, temos visto movimenta- ções de países desenvolvidos, como os EUA, no sentido de fortalecer suas ca- deias produtivas. O Brasil deve se mirar nesses exemplos, aproveitando o seu rico parque industrial, que, apesar de toda sua competência, infelizmente tem perdido sua participação no PIB Na- cional. Estudo realizado pela CNI, Nota Eco- nômica nº 20, destaca que o grau de diversificação da Indústria de Trans- formação brasileira é maior que o da média dos países-membros da Organi- zação para Cooperação e Desenvolvi- mento Econômico (OCDE). Ao mesmo tempo, a Indústria de Transformação tem um elevado poder de alavancar o crescimento. A cada R$ 1,00 de valor adicionado na Indústria de Transforma- ção é gerado um crescimento adicional no PIB do País de R$ 1,67, totalizando um aumento do PIB de R$ 2,678. Apesar dessa estrutura robusta, há anos as indústrias instaladas no País convi- vem com fatores que compõem o Custo Brasil e que inibem a competitividade das empresas em relação a outros paí- ses. Segundo dados doMovimento Bra- sil Competitivo, o valor que as empresas do Brasil gastam a mais que os países da OCDE todos os anos por conta de problemas internos chega a R$ 1,5 tri- lhão ou 22% do PIB do País. Como resultado disso, a indústria de transformação brasileira encolheu 1,6% ao ano, em média, nos últimos 10 anos, e sua participação na economia caiu de 15% em 2010 para pouco mais de 11% em 2020. Ainda de acordo com a CNI, os problemas de baixa competiti- vidade enfrentados pela indústria afe- tam, em especial, setores que produzem bens mais complexos/sofisticados. Em uma década, as empresas de produtos de alta e média tecnologia, como itens de informática e veículos, tiveram sua participação no setor industrial reduzi- da de 23,8% para 18,7%. Esses seg- mentos, por sua vez, são considerados o mais dinâmico da economia por in- vestir em pesquisa e desenvolvimento e gerar empregos mais qualificados. editorial
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