Revista Abinee 95 - Agosto/2018

agosto 2018 | Revista Abinee nº 95 | 17 outras plantas mundiais da mesma corpo- ração”, disse. Ele citou como exemplo a fábrica da Dell, em Hortolândia, referência em processos de automação e que de- senvolve parcerias com diversos fornece- dores locais. “A qualidade e agilidade no lançamento de novas tecnologias são exi- gidas de nossos fornecedores, seguindo padrões globais”, afirmou. Em relação à pesquisa e desenvolvi- mento, Helfer apontou que o marco legal permitiu a criação de diversos centros de P&D das próprias empresas, com profis- sionais de altíssima qualificação. “Os nos- sos centros de P&D (Dell e EMC) possuem aproximadamente 750 profissionais, que lideram projetos globais e disputam com outros centros internacionais a liderança de novas pesquisas e desenvolvimento”, explicou. Segundo ele, estes centros aca- baram também impulsionando parques tecnológicos em todo o Brasil. A Dell representa atualmente cerca 5% de todo investimento em P&D realizado no Brasil conforme a Lei de Informática, tendo diversos Institutos de Pesquisa como parceiros. Contudo, destacou Helfer, o verdadeiro beneficiário da Lei de Informática é o con- sumidor final. Competitividade, sem reserva de mercado A fábrica de Drives da WEG, em Jaraguá do Sul, Santa Catarina, com 10,8 mil m² de área construída e 555 colaboradores, é um exemplo de sucesso devido à Lei de Infor- mática. Segundo Daniel Godinho , diretor de Estratégias Corporativas da empresa, a unidade atinge uma produção diária de 1,4 mil inversores de frequência e soft starters (dispositivos para partidas suaves de moto- res elétricos), 8,5 mil cartões eletrônicos e 500 sensores de segurança. “A Lei contri- buiu para aumentar a inserção da tecnolo- gia e da indústria brasileira num mercado extremamente competitivo, dominado por grandes players globais”, afirmou. Ele observou que o instrumento torna a indústria nacional mais competitiva, sem criar reserva de mercado, possibilitando a presença no exterior, com produtos de- senvolvidos e fabricados no Brasil. Em todas as áreas da WEG, a mão de obra diretamente envolvida na fabricação de produtos beneficiados pela Lei de In- formática, em 2017, foi de 2,5 mil colabo- radores, sendo 160 na área de P&D. “No contexto da Indústria 4.0, a Lei é ainda mais relevante ao apoiar a pesquisa, de- senvolvimento e inovação”. Tecnologias disruptivas Com projetos incentivados pela Lei da Informática desde 2002, a Bematech, se- diada em São José dos Pinhais, no Paraná, atua em intensa parceria com Institutos de Pesquisa em todo território nacional. O presidente da empresa, Eros Jantsch , informou que são mais de 40 projetos e cer- ca de R$ 30 milhões investidos em P&D nos últimos cinco anos. Cerca de 70% do fatura- mento da Bematech advêm de produtos que são incentivados pela Lei de Informática. Entre a as atividades inclui-se o desenvolvi- mento de tecnologias disruptivas para me- lhorar a eficiência do varejo nacional, como, por exemplo, soluções de controle fiscal e equipamentos para autenticar, armazenar e transmitir documentos fiscais eletrônicos.

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