Revista Abinee 100 dezembro/2019

xxxxxxxx balanço 2019 Houve também redução de participação de fornecimento de equipamentos e de sistemas desenvolvidos e produzidos no Brasil, com crescimento de 90% nas im- portações nos últimos três anos. Na área de distribuição, Machado salienta que o crescimento de consumo é inexpressivo, com a maior parte dos investimentos concentrada na expansão regular e na operação e manutenção das redes. “Apesar disso, deve-se mencionar o início de implantação de alguns projetos de telemedição residencial e de sistemas de gestão/automação de redes, que con- tribuem para melhoria da confiabilidade eficiência operacional e atendimento aos consumidores de energia elétrica”, observa. Já na geração distribuída, com des- taque ao segmento fotovoltaico, o cres- cimento é bastante representativo. O di- retor da Abinee pondera, entretanto, que o resultado é proveniente, em grande parte, de bens importados. Somente em módulos fotovoltaicos, a importação entre janeiro e outubro atin- giu mais de US$ 725 milhões, apesar da existência de fabricantes brasileiros. “Esta produção poderia ser feita no País caso houvesse isonomia tributária entre produ- tos nacionais e importados”, conclui. Apesar da forte presença de impor- tados, o crescimento exponencial da energia solar no Brasil, especialmente para os negócios de gera- ção solar distribuída, também foi apontado pelo diretor da área de Equipamentos In- dustriais da Abinee, Daniel Godinho . “É uma forma comple- mentar de reduzir cus- tos nas empresas, por meio da geração local de eletricidade”. Outro movimento que chamou a atenção do segmento foi a valorização da eficiên- cia energética como forma de reduzir custos e de melhorar a competitividade nas indústrias. Godinho complementa que a área aposta nas grandes tendências relacio- nadas a energias renováveis, eficiência energética, geração de energia por meio da queima do lixo, mobilidade elétrica, automação e Indústria 4.0. “Estes são exemplos de negócios promissores para as indústrias e, como fornecedores, te- mos de nos preparar para consolidar nossa posição agora a fim de colhermos os resultados no futuro”, afirma. As indústrias de Material Elétrico de Instalação também ob- servaram um desempenho satisfatório em 2019, como destaca o diretor da área da Abinee, Cláudio Lorenzetti . “A retomada de investimentos em construção civil, sejam grandes empreendimentos residenciais, sejam obras de pequeno porte, fizeram com que a área percebesse um aumento das encomendas”, salienta. Da mesma forma que se observa na área de equipamentos industriais, Loren- zetti destaca que o segmento de Mate- rial Elétrico deve se preparar para novas perspectivas no mercado de instalações elétricas a partir da introdução de novas tecnologias. “Com a automação e Inter- net das Coisas (IoT) chegando ao setor residencial, desafios tecnológicos serão enfrentados por todas as empresas da área de materiais elétricos de instala- ção, independentemente de seu produto atual”. Além disso, haverá mudanças na regu- lamentação de certificação dos produtos. “Devemos acompanhar o novo modelo regulatório, fortalecendo os usos e costu- mes que estão consolidados no mercado nacional”, afirma. dezembro 2019 | Revista Abinee nº 100 | 27

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