Relatório Anual 2020

de menor porte e com capacidade produtiva limitada, especializadas em equipa- mentos de suporte vital para terapia intensiva. Juntos, somamos esforços para a fabricação de equipamentos como os ventiladores pulmonares. Sem uma estrutura industrial local robusta para atender a essa demanda em caráter de urgência, o Brasil ficaria restrito a uma cadeia internacional complexa para o en- frentamento da pandemia, o que prejudicaria o atendimento de toda a população. Outro exemplo concreto da importância dos investimentos em P&D e inovação fei- tos pelo nosso setor está nas tecnologias que viabilizam conectividade e a chamada Indústria 4.0. A chegada do 5G e o advento da Internet das Coisas colocarão emmar- cha uma verdadeira revolução tecnológica que demandará soluções, equipamentos e serviços para impulsionar a verdadeira transformação digital da economia. Como é sabido, nosso setor é o que mais investe em P&D. A política setorial gerou uma importante diversidade de institutos atuantes em todo o país, congregados em nossa entidade de inovação, o IPD Eletron. Durante 2020, mesmo nos períodos mais críticos, mantivemos um diálogo constante como governo federal, notadamente comoMinistério da Economia, comoMCTI, como novo Minicom, com a Casa Civil e com o Itamaraty, objetivando acompanhar pari passu os impactos da pandemia no setor, bemcomo propor medidas para atenuar seus efeitos. Um exemplo disso é a Política de TICs, que entrou em vigor neste ano após as mu- danças para atender às exigências da OMC. Tivemos diversas reuniões remotas com o MCTI, para a elaboração dos novos regulamentos e procedimentos para a fruição dos incentivos da Política. Também trabalhamos em conjunto com o Ministério de Minas e Energia com vistas à modernização do setor elétrico, o chamado 4D, ou seja, digitalização, descentrali- zação, descarbonização e democratização, temas estes que prosseguem na agenda do país e impactam diretamente o nosso setor. Com a aprovação da lei 14.052/2020 esperamos solucionar controvérsias jurídicas na geração de eletricidade e a questão do risco hidrológico. É necessário também tratarmos da modernização das redes elétricas, um passo fundamental para a in- corporação da geração distribuída, para a introdução dos veículos elétricos e para a segurança energética.

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