REINDUSTRIALIZAÇÃO DO BRASIL 28 A matriz elétrica brasileira, historicamente com predominância da fonte hidráulica, viu nos últimos anos forte crescimento da participação da geração térmica, da geração de fonte eólica e da geração de fonte solar. O aproveitamento dos potenciais hidrelétricos do País, demandou a construção de grandes usinas, muitas delas bastante distantes dos centros de cargas, e a instalação de um sistema de transmissão robusto, permitindo a transferência de grandes blocos de energia. Entretanto, com a inserção da geração distribuída (GD), assim como de novas tecnologias de armazenamento, esse cenário começa a mudar. Nos quatro últimos anos, a GD cresceu expressivamente no Brasil, superando as projeções da EPE. De 2018 para 2022 houve um aumento de dezoito vezes na capacidade instalada acumulada, fechando o ano de 2022 commais de 7,63 GW. Em dezembro de 2019 a potência superou a marca de 1 GW pela primeira vez. E em apenas três anos, chegou, praticamente a 8 GW, conforme se verifica na Figura 2 (Fonte: Aneel). Figura 2: Potência instalada de Geração Distribuída no Brasil (MW) O recente crescimento, associado à característica das redes elétricas distribuídas, indica que a difusão destas tecnologias apresenta potencial disruptivo, capaz de transformar os sistemas elétricos e impactar os serviços de distribuição de energia, uma vez que o fluxo da energia não mais ocorre em apenas uma direção, como mostra a Figura 3
RkJQdWJsaXNoZXIy NTY5NTk=