Propostas para a Inserção do Brasil na 4ª Revolução Industrial

PROPOSTAS PARA A 4ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 19 Entretanto, é possível recuperar o protagonismo industrial brasileiro fren- te aos mercados internacionais, com maior integração em cadeias globais de valor, Entretanto, recomendamos que isto seja feito na vanguarda da modernização pro- dutiva que ganha relevância mundo afora. Gostaríamos de discutir uma agenda de políticas voltadas para a promoção da inovação e, assim, de modernização do nosso parque fabril dinâmico e competitivo, incluindo investimentos em educação e qua- lificação profissional, incentivos para a incorporação de novas tecnologias da cha- mada “Era Digital”, promoção das exportações, simplificações e desburocratizações, especialmente em matéria tributária, entre outros. O Brasil tem força para superar seus desafios se soubermos aproveitar essa nova onda de transformações tecnológicas. Acreditamos que podemos liderar esse processo perante mercados em desenvolvimento, e a Abinee se dispõe a contribuir para tal. Antes de apresentarmos as propostas para que o Brasil avance na direção da 4ª Revolução Industrial, destacamos que a Abinee defende os seguintes princípios no redesenho de qualquer política pública, especialmente aquelas voltadas para se- tores produtivos. Primeiro, defendemos o princípio da integridade, pelo qual a Abinee propõe que as políticas governamentais devam obrigatoriamente zelar pela ética, pela sus- tentabilidade e pela diversidade. Segundo, defendemos que as políticas governa- mentais precisam ser efetivas, ou seja, devem levar a resultados claros com retornos sociais bemmaiores do que eventuais custos de oportunidades. Por conseguinte, é importante que se desenvolvam mecanis- mos de avaliação de medidas tomadas, de modo independente. Terceiro, a Abinee defende a constituição de um am- biente de negócios competitivo, que estimule a concorrência e, com isso, promova a produtividade e a eficiência econômica. Não há dúvida de que o fenômeno do elevado — Custo Brasil é persistente e de solução demorada. Afinal, é preciso endere- çar uma profunda reforma tributária, acelerar os investimentos em infraestrutura, promover reformas microeconômicas para melhorar o ambiente de negócios, permitindo maior previsibili- dade e mais segurança jurídica, além, é claro, de adotar medidas efetivas para melhorar a qualidade da educação. Mesmo assim, não acreditamos que seja o caso de se recomendar políticas públicas para “compensar” ou “neutralizar” o elevado Custo Brasil. Nosso compro- Ambiente competitivo A Abinee defende que o Custo Brasil seja enfrentado com medidas estruturais e genuínas, e não por meios paliativos.

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