Propostas para a Inserção do Brasil na 4ª Revolução Industrial

PROPOSTAS PARA A 4ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 17 resultando em intensificação da conectividade, ambiente produtivo mais eficiente e com amplas e diversificadas oportunidades de novos negócios, além da geração de empregos com alto grau de qualificação. A velocidade com que esse fenômeno está acontecendo é de tal ordem que Klaus Schwab, fundador e presidente do Fórum Econômico Mundial, assim o relata: “Estamos no início de uma revolução que irá alterar profundamente a maneira como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, escopo e complexidade, a 4ª Revolução Industrial é algo que considero diferente de tudo aquilo que já foi experimentado pela humanidade” 8 . Figura 2. Convergência dos mundos Biológico, Físico e Digital INDÚSTRIA 4.0 Ainda distante desta realidade, de 1980 a 2018, a produtividade do trabalho no Brasil — medida em crescimento da renda per capita — cresceu 0,9% ao ano, enquanto, por exemplo, na Coréia do Sul e no Chile cresceram a extraordinárias ta- xas de 5,0% e 3,0% ao ano, respectivamente. O Brasil já experimentou crescimento médio de produtividade do trabalho de 4% ao ano, de 1950 a 1979, para depois per- der esse ritmo de expansão. Não parece haver dúvida de que o País precisa voltar a pensar estrategicamente seu futuro, pois está sistematicamente ficando para trás, como se observa na figura 3 , logo a seguir. Mas, por que a produtividade do trabalho brasileira está semiestagnada? As explicações se dividem entre a baixa qualidade da educação, questões institucio- nais — como ambiente de negócios hostil para empreendedorismo, investimentos e inovações —, baixo nível de poupança doméstica, entre outros fatores, o que resulta 8 Trecho obtido no livro de Silva, E. et al. 2018. Automação e Sociedade: quarta revolução industrial, um olhar para o Brasil . Brasport.

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