Impactos da Lei de Informática no Brasil
IMPACTOS DA LEI DE INFORMÁTICA NO BRASIL 6 Também permitiu que empresas criadas no Brasil ganhassem força e compe- titividade. Algumas disputam espaço em condições de igualdade com concorrentes de classe mundial, outras são líderes dos segmentos em que atuam. Como parte ati- va desse ecossistema estão centenas de pequenas e médias empresas que integram a cadeia setorial de suprimentos de bens e serviços. O principal pilar da Política de Informática reside no vínculo entre os benefí- cios fiscais e os investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), cujo principal impacto foi a criação, ao longo dos anos, de avançados centros de pesquisa espalha- dos por todas as regiões brasileiras. Mas ainda há desafios a vencer, como as barreiras burocráticas. Os prazos de aprovação para o credenciamento dos bens de informática a serem produzidos e o consequente acesso aos benefícios tributários não podem comprometer a viabilida- de dos investimentos e a execução dos projetos de P&D, especialmente na área de TIC, cujos produtos possuem ciclo de vida útil muito curto. Nesse sentido, a Abinee está sempre à disposição das autoridades para bus- car soluções e superar eventuais entraves burocráticos. Por reunir empresas de tec- nologias inovadoras, a Abinee se coloca no protagonismo de uma agenda para o desenvolvimento econômico sustentável, frente aos grandes desafios impostos pe- los avanços tecnológicos, como a chamada 4ª Revolução Industrial e a Internet das Coisas (IoT), que giram em torno do mundo digital e também são fomentados pela Política de Informática. As fábricas estão cada vez mais automatizadas, mas ainda aquém do cenário proposto pela 4ª Revolução Industrial. É imperioso que o Brasil defina uma política industrial com foco na competitividade e na inovação, organizando uma cadeia pro- dutiva, baseada em aplicações. Para o País ser mais digital, precisa melhorar a conectividade a fim de suportar as novas aplicações, como aquelas da Internet das Coisas. Precisamos ter desenvolvedores e startups para a nova onda que vem com a 4ª Revolução Industrial, bem como mecanismos para assegurar recursos a serem investidos em inovação tecnológica. Uma das formas é ampliar a oferta de financiamentos e capital de risco. Só assim vamos melhorar a digitalização no País.
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