Livro comemorativo - Abinee 45 anos

1990-1994 The country inaugurates a new industrial model On his first day as President of the Republic, Fernando Collor de Melo decreed the Plano de Estabilização Econômica (Economic Stabilization Plan) which bears his name. The initiative which produced the confiscation of brazilian’s current and savings accounts, is unsuccessful, causes the GNP to fall 4.3%, in 1990, leads to a minimum 1% growth in 1991 and a new drop, now of 0.5%, in 1992. The lack of success in the economic administration was one of the ingredients of the crisis which led to the president’s impeachment, on september 29th 1992. From his brief and tumultuous encounter with power, Collor left a legacy for history, which should be analyzed from different angles, by decreeing, in practice, the end of the policy of industrialization for substituting imports which had been in force in the country since 1950, and which led to an average yearly GNP growth rate of 7.4%, up to 1980. The reforms proposed by his government represented, therefore, a break with the Brazilian model of growth whose main features were the direct participation of the state in the supply of infrastructure (energy, transports etc.), the elevated protection of national industry by means of customs tariffs and non-tariff barriers, and the offer of credit under favorable conditions for introducing new projects. The process of economic opening up, set in motion by his government was later extended and deepened by the government of Fernando Henrique Cardoso. Average import tariffs dropped by half, from 32.2% to 14.2%. The national productive sector paid dearly to adjust to the abrupt change in the conditions of competition. The market opened up. The adverse conditions which prevailed internally and which slowed growth, what with the tax burden, high interest rates, uncontrollable inflation and the precarious infrastructure, factors considered as the “Brazil Cost”, were maintained. To deal with the new policy the industries from the electro electronic sector quickly saught internal solutions such as adopting new administration programs, cost and employee cuts, scrapping uncompetitive product lines, investments in technology. It is possible to measure the social cost of this adjustment by means of a single indicator – the level of employment. In 1990, the electro electronics industries employed 265 thousand workers. Five years later, in 1995, this number was limited to 174 thousand – a drop of 66% relative to 1990. 1990-1994 País inaugura novo modelo industrial No primeiro dia à frente da Presidência da República, Fernando Collor de Melo decreta o Plano de Estabilização Econômica que levou o seu nome. A iniciativa, que produziu o confisco de depósitos e da poupança de todos os brasileiros, é mal sucedida, provoca a queda do PIB em 4,3% em 1990, leva ao crescimento mínimo de 1% em 1991 e a nova queda, agora de 0,5%, em 1992. O insucesso na gestão econômica foi um dos ingredientes da crise que levou ao impeachment do presidente em 29 de setembro de 1992. De sua passagem rápida e tormentosa pelo poder, Collor deixou um legado para a história, que deve ser analisado sob diferentes ângulos, ao decretar, na prática, o fim da política de industrialização por substituição de importações, que vigorou no País desde 1950, e que o levou a ostentar uma taxa média de crescimento do PIB de 7,4% ao ano, até 1980. As reformas propostas por seu governo representaram, portanto, uma ruptura do modelo brasileiro de crescimento, cujas características principais eram a participação direta do Estado no fornecimento de infraestrutura (energia, transportes etc.), a elevada proteção à indústria nacional, por meio de tarifas alfandegárias e barreiras não-tarifárias, e a oferta de crédito em condições favorecidas para a implantação de novos projetos. O processo de abertura econômica, desencadeado por seu governo, foi mais tarde estendido e aprofundado pelo governo de Fernando Henrique Cardoso. As tarifas médias de importação caíram pela metade, baixando de 32,2% para 14,2%. O setor produtivo nacional pagou caro para se ajustar à mudança abrupta nas condições de competitividade. Abriu-se o mercado. Foram mantidas, no entanto, as condições adversas que imperavam internamente e que emperravam o crescimento, com destaque para a carga tributária, os juros altos, a inflação sem controle e a precária infra-estrutura, fatores conhecidos como “Custo Brasil”. Para fazer frente à nova política, as indústrias do setor eletroeletrônico buscam rapidamente soluções internas, como a adoção de novos programas de gestão, corte de custos e de pessoal, abandono de linhas de produtos pouco competitivos, investimentos em tecnologia. É possível medir o custo social desse ajuste por meio de único indicador – o nível de emprego. Em 1990, as indústrias eletroeletrônicas empregavam 265 mil trabalhadores. Cinco anos depois, em 1995, o número estava limitado a 174 mil – uma queda de 66% em relação a 1990. 40 A b i n e e 45 a n o s - A Vo z d a I n d ú s t r i a E l é t r i c a e E l e t r ô n i c a d o B r a s i l

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