Economia circular cria novo modelo produtivo

29/07/2019

Reciclagem, remanufatura, conserto, reuso, redistribuição. Os conceitos da economia circular atraíram a atenção do público nesta sexta-feira (26) na Ilha do Conhecimento Tecnologia e Sustentabilidade, que integra a programação do Abinee TEC 2019 no ambiente da FIEE Smart Future.

O tema foi aprofundado pela diretora do Exchange 4 Change Brasil, Beatriz Luz. Segundo ela, a economia circular provoca um repensar do modelo produtivo, impactando desde o design do produto e provocando um novo mindset de negócios. “Na economia circular, o diferencial competitivo é a geração de valor”, afirmou.

Beatriz citou três grandes marcos da economia circular em 2018: a adoção do conceito como lei na Europa; as diretrizes financeiras que passaram a ser discutidas para a economia circular; e a criação de uma norma ISO, atualmente em estudo.

A diretora também explorou a economia circular no contexto do setor eletroeletrônico, apresentando uma pesquisa, segundo a qual 60% dos consumidores da Inglaterra têm algum tipo de resíduo eletrônico guardado em casa pela falta de postos de coleta apropriados.

“As regras do jogo mudaram. Temos que reavaliar o processo produtivo, redefinir produtos e serviços e falar de novos modelos de negócio, como a transformação do produto em serviço”, concluiu.

Representando a indústria, o gerente de marketing de produto da New Holland, Nilson Righi, apresentou os resultados da empresa na fabricação de tratores movidos a biometano. Implantado em 2013, o projeto ainda está em fase de testes, com diversos protótipos funcionando em fazendas brasileiras.. Mesmo assim, Righi a empresa já obteve em seu motor a gás performance equivalente à do motor a diesel.

“O motor a gás reduz 80% dos poluentes e gera economia de 30% nos custos operacionais”, afirmou.

Apesar dos números otimistas, o desafio, segundo o executivo, está na autonomia. Enquanto o motor a diesel, normalmente, é abastecido a cada dois dias, o motor a gás tem autonomia de apenas cerca de 6 horas. Uma das soluções avaliada pela empresa é a possibilidade de que cada propriedade rural produza seu próprio combustível ou a constituição de redes para cogeração de energia.

Também participou do painel Luigi Longo, presidente do Cidades Inteligentes, que apresentou institucionalmente o trabalho do movimento.

 
 
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