Sondagem Conjuntural do Setor Elétrico e Eletrônico - Fev/2024

Sondagem de conjuntura do setor eletroeletrônico aponta resultados variados no mês de fevereiro, com melhora em alguns indicadores e piora em outros, porém as expectativas para 2024 são positivas

A sondagem de conjuntura do setor eletroeletrônico referente ao mês de fevereiro de 2024 mostrou resultados variados, com melhora em alguns indicadores e piora em outros.

Neste último levantamento, o número de empresas que verificaram crescimento nas vendas/encomendas comparadas ao igual mês do ano anterior aumentou de 38% em janeiro para 47% em fevereiro de 2024.

Enquanto isso, as indicações de queda nas vendas aumentaram de 33% para 34%.

No que se refere ao nível de emprego, observou-se aumento de 10% para 18% no percentual de entrevistadas que relataram crescimento no número de empregados. Ao mesmo tempo em que as indicações de diminuição no número de funcionários aumentaram de 6% para 9%.

Nota-se que a maior parte das entrevistadas (73%) citou estabilidade no nível de emprego.

A utilização da capacidade instalada permaneceu em 75% na passagem de janeiro para fevereiro de 2024.

Por outro lado, foi desfavorável o aumento de 39% para 42% no total de empresas que citaram negócios abaixo do esperado.

No comércio internacional, notou-se aumento de 23% para 36% nas indicações de crescimento das exportações. Porém, o percentual de empresas que citaram diminuição nas exportações permaneceu bastante elevado (40%).

Essa sondagem também mostrou ajustes no nível dos estoques. No caso de matérias-primas e componentes, as indicações de normalidade aumentaram de 77% para 79%. No caso de produtos finais, essas indicações passaram de 65% para 69%.

Já os dados da Secex/MDIC agregados pela Abinee registraram aumento de 1,5% nas exportações de produtos elétricos e eletrônicos no mês de fevereiro de 2024 em relação a fevereiro de 2023.

Ainda avaliando os resultados apontados nesta última sondagem, observou-se que 28% das entrevistadas citaram dificuldades na obtenção de financiamentos para capital de giro, 7 pontos percentuais abaixo do apontado na sondagem anterior (35%). Ressalta-se também que 66% das entrevistadas não utilizam esses instrumentos.

Esse levantamento também identificou queda de 8 pontos percentuais no total de entrevistadas que relataram pressões em alguns custos, tais como de energia, água, impostos, entre outros, que passou de 34% para 26%.

Componentes, semicondutores e matérias-primas

No decorrer de 2023, verificou-se redução nas dificuldades na aquisição de componentes, entre eles, semicondutores e matérias-primas em função da falta destes itens no mercado, que, neste último levantamento, atingiu 12% das entrevistadas. Apesar de ter ficado acima do registrado na pesquisa anterior (10%), esse resultado foi bem abaixo da média verificada em 2023 (29%).

Permaneceu em 27% o número de pesquisadas que continuam sentindo pressões acima do normal nos custos de componentes e matérias-primas. Este resultado também foi menor do que o registrado na média do ano de 2023 (37%). Vale lembrar que este percentual chegou a atingir mais de 90% em meados de 2021.

Especificamente no caso de semicondutores, 17% das entrevistadas que utilizam esses componentes na sua produção relataram dificuldades na aquisição destes itens no mercado. Apesar de ter ficado acima do verificado na pesquisa anterior (14%), esse percentual permance muito abaixo do média anual de 2023 (41%).

Previsão de normalidade no abastecimento semicondutores

Este levantamento ainda mostrou que, para 41% das pesquisadas que tiveram dificuldades na aquisição de semicondutores nos últimos anos, o abastecimento destes itens já voltou ao normal.

Para 31%, diminuíram as dificuldades, porém a regularidade deverá ocorrer durante este ano e para 3% das entrevistadas, a normalidade no abastecimento de semicondutores deverá acontecer apenas em 2025.

Ainda referente a essa questão, 25% não têm previsão.

Gargalos logísticos

As sondagens também vêm mostrando redução nos gargalos logísticos nos últimos meses.

Nas exportações, destacou-se a diminuição de 21% para 18% no total de empresas exportadoras que relataram problemas no envio de cargas por via marítima.

Nas importações, o percentual de pesquisadas que indicaram atrasos no recebimento de cargas, considerando todos os modais de transporte permaneceu em 32%.

Expectativas

As expectativas são de melhora no desempenho da indústria eletroeletrônica para 2024, porém permanecem as incertezas em relação ao cenário interno e internacional, o que deverá manter os empresários cautelosos.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial do setor eletroeletrônico cresceu 2,8 pontos no mês de fevereiro de 2024, passando de 50,8 para 53,6 pontos. Essa foi a segunda elevação consecutiva após três quedas seguidas. Com isso, o ICEI do setor permaneceu acima da linha divisória de 50 pontos, que indica confiança do empresário.

O abrandamento das principais dificuldades enfrentadas nos últimos anos, tais como: dificuldades na aquisição de componentes, especialmente semicondutores, pressões nos preços de matérias-primas e componentes, pressões em outros custos, gargalos logísticos, entre outros, deve contribuir com os negócios neste ano.

Conforme este último levantamento, 71% das empresas do setor projetam crescimento para as vendas da indústria eletroeletrônica para o ano 2024.

Ainda para 2024, 24% esperam estabilidade e apenas 5% prevêem queda nas vendas.

Anexos

Anexos

Anexos

Os resultados detalhados desta sondagem e a série histórica do levantamento estão disponíveis no site da Abinee em Economia e Estatísticas - Base de Dados Econômicos.

 

 

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